Sérgio Sette Câmara foi o convidado especial de mais um F1 Eleven 1:1, em direto, no Instagram da ELEVEN SPORTS. Durante cerca de 45 minutos, o piloto brasileiro falou sobre a sua carreira e perspetivas futuras.
O piloto brasileiro de F1, Sérgio Sette Câmara, de 22 anos, é atualmente piloto de testes e de reserva da AlphaTauri e da Red Bull Racing. Ao longo de cerca de 45 minutos de conversa, o jovem piloto falou sobre a sua carreira e sobre os seus objetivos relativamente à F1.
Sobre a sua mudança da McLaren para a Red Bull, Sérgio Sette Câmara refere: “Na verdade comecei o ano como piloto de testes da McLaren e logo aí tive a oportunidade de ir para a Red Bull e pedi a McLaren para ser libertado. Eles na altura não tinham especial interesse em ter um piloto de reserva e deixaram-me ir para a Red Bull. A Red Bull é mais interessante para o meu perfil.”
Relativamente à sua entrada para a Red Bull, Sérgio refere: “Quando assumi o cargo de piloto de testes e reserva na Red Bull, fui bem claro com o Helmut Marko e perguntei se ele realmente ia considerar colocar-me no carro, caso a oportunidade surgisse, e ele confirmou-me isso depois, por isso acredito que posso ter a chance”.
Sobre a situação dos pilotos na Alpha Tauri, Sette Câmara refere que: “Nos últimos anos a Toro Rosso, agora Alpha Tauri, sempre mudou de piloto pelo menos uma vez por ano. Se olharmos, essa rotação aconteceu sempre nos últimos 4 ou 5 anos”.
Sobre a possibilidade de integrar a F1, o piloto afirma: “Tendo um bom ano na Super Formula no Japão e fazendo um bom trabalho no simulador com a Red Bull na F1, acredito que posso ter uma chance ainda este ano, quem sabe. Na F1 nada é garantido, como você bem sabe com o António (Félix da Costa), ele merecia e fez por isso. Este mundo da F1 é uma loucura, nunca as coisas são garantidas. Mas vou lutar dentro de pista para aumentar as minhas chances de lá chegar.”
Quanto à Fórmula E, Sette Câmara refere que: “A Fórmula E tem crescido muito e quem sabe daqui a pouco tempo a Fórmula E não seja a categoria principal. Já não me surpreenderia, tenho de estar aberto a todas as opções”.
Sobre o Brasil não ter um piloto na F1, Sérgio explica que: “O automobilismo brasileiro tem um problema estrutural e o que atrapalha mais agora nesta fase é a situação do nosso país, como a nossa moeda está competindo contra o Euro e o Dólar, e é um desporto caro. Isso dificulta. O Brasil é um país com muita paixão pela F1, você fala de F1 com as pessoas e todas levam a sério e tem empresas que apoiam. Este caminho da F1 é muito difícil, tem apenas 20 vagas e quase não mudam de ano para ano. O meu objetivo é claro, lutar para estar na grelha de F1 em 2021.”
Quando questionado sobre Kvyat, Sérgio afirma que: “Eles na Red Bull confiam muito no Kvyat. Não vemos muitos pilotos na F1 a terem tantas chances, por isso ele deve ter muito crédito na equipa.”
Sobre os melhores pilotos com quem competiu, Sérgio refere que: “Os três pilotos mais completos que corri na F2 são o De Vries, o Russel e o Norris. Estes três são bem acima da média dos muito bons”.
Relativamente a uma possível corrida de F1 em Portugal, o piloto brasileiro afirma, em jeito de brincadeira: “Corrida da F1 em Portimão seria a melhor do calendário, entre pista e praia todos os pilotos e equipas iriam adorar. Se acontecer acredito que ficaria uns dez anos no calendário. As próprias equipas vão querer que seja uma corrida definitiva.” Acrescentou ainda que “Para mim é lógico que é muito bom haver uma corrida em Portugal. Tenho passaporte Português, a minha família vem de Portugal, tanto do lado da minha mãe como do meu pai. Portugal está a reagir bem ao coronavírus em comparação com outros países. Além disso, se tiverem de fazer uma corrida mais no final do ano, onde já está frio nessa altura no resto da Europa, Portugal tem um ótimo clima sempre. Faz muito sentido a F1 ir para Portugal e seria muito bom.”
A entrevista completa pode ser vista aqui.
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