Pietro Fittipaldi foi o convidado especial de mais um F1 Eleven 1:1, tendo estado à conversa com Duarte Félix da Costa, em direto, no Instagram da ELEVEN SPORTS. Ao longo do programa, o piloto brasileiro de 23 anos, que foi o primeiro piloto de ascendência latino-americana a conquistar um título numa divisão da Nascar, falou sobre a sua carreira e sobre a modalidade.
Ao longo de mais de 45 minutos, Pietro Fittipaldi falou sobre a sua carreira e as suas conquistas na Fórmula 1. Sobre a sua entrada na equipa Haas F1, Fittipaldi refere que: “Em 2016 tive uma reunião com o Gunther Steiner e ele disse que se eu ganhasse o título na World Series 3.5, ele dava-me uma oportunidade enquanto piloto de testes na Haas. E assim foi, venci o campeonato”.
Sobre o acidente que sofreu em 2018, em que partiu as duas pernas, Pietro confessa que: “Depois do meu acidente, a primeira pergunta que fiz ao médico foi ‘Quando é que posso voltar a pilotar um carro de corrida?’ e ele disse que só em 2019, não aceitei isso na minha cabeça”.
Sobre o seu núcleo familiar, Pietro indica que: “o meu avô Emerson sempre me ajudou, eu tenho o privilégio de ter uma família que entende muito de automobilismo e abriram-me muitas portas” acrescentou ainda que “Eu sou muito competitivo com o meu irmão Enzo, mas no final eu quero o melhor para ele e ele quer o melhor para mim, mas é importante esta competitividade saudável porque nos empurramos um ao outro para sermos melhores”.
Fittipaldi acabou também por dar a sua opinião sobre a série de F1 na Netflix, referindo que: “Eu gostei muito da série, mas sinto que exageraram um pouco o drama entre o Magnussen e o Grosjean”. Ainda sobre esta relação, o piloto afirma que “Eles tiveram os seus problemas em pista, principalmente em Siverstone e várias outras vezes também, mas para falar a verdade, quando eles saem do carro são bem profissionais”. “O Kevin é um cara mais frio e reservado, o Romain já é mais direto, ele diz mesmo o que acha. Eu nunca os vi discutir fora da pista”.
Sobre a sua carreira, Fittipaldi refere que: “Como piloto de reserva na F1, você nunca sabe o que pode acontecer, então você precisa de estar sempre lá e preparado para subir no carro. No ano passado fiz 7 dias de testes de F1 com a Haas, mais de 2500 km e estou seguro de que se surgir a oportunidade vou estar preparado e competitivo. A minha meta e o meu sonho é estar no grid e se Deus quiser em 2021 vou lá estar, mas até lá temos muito trabalho pela frente ainda em 2020.”
Quando questionado acerca de Gunther Steiner, o piloto brasileiro referiu que: “O Gunther é um cara bem direto, às vezes você combina uma coisa com ele e fica fechado logo, mesmo que só assine o contrato 2 ou 3 meses depois. A palavra dele é muito forte, ele é uma das poucas pessoas no automobilismo onde a palavra vale mesmo”.
Sobre a continuidade da Haas na Fórmula 1, Pietro considera que: “Tem vontade da Haas continuar na F1, é uma decisão que vai acontecer em breve, mas estou confiante que vão continuar. Eu acho que o Gene Haas estava a aguardar a decisão da FIA sobre o teto orçamental, que vai ajudar muito as equipas mais pequenas a aproximarem-se das mais fortes.” Quanto ao teto orçamental, Fittipaldi acrescente “Eu acho que vai ser difícil competirmos com a Mercedes, Ferrari e Red Bull mas vamos aproximar-nos e de vez em quando, numa pista que favoreça o nosso carro, quem sabe não possamos terminar no pódio.”
Relativamente às novas regras de 2022, segundo Pietro Fittipaldi: “Em 2022 com as novas regras os carros vão depender muito menos da carga aerodinâmica e mais da parte mecânica, então as corridas vão ser bem mais interessantes pois os carros vão poder seguir-se uns aos outros mais perto e as corridas vão ser melhores e com mais ultrapassagens”.
Quanto à possibilidade de inversão de grelha, o piloto afirma que: “Poderia até desvirtuar a realidade das corridas, mas ia ser legal. Enquanto fã de F1 eu gostava de ver uma corrida com grid invertido, seria divertido ver um Williams na pole e o Hamilton largar de último, seria interessante”.
Sobre chegar à F1, o piloto indica que: “Para qualquer piloto, independentemente da sua nacionalidade, é muito difícil chegar na F1, só tem 20 vagas, mesmo contando com pilotos de reserva somos no total 29. Hoje em dia tem F4, F3, F2, até se chegar na F1. São milhões de investimento que precisa fazer. O que falta ao Brasil para conseguirmos voltar a ter um piloto na F1 é esse investimento.”
Sobre 2021, Fittipaldi refere: “Eu sei que já teve mudanças de pilotos para o próximo ano, mas ainda é um pouco cedo para mim. A minha meta é estar no grid em 2021, mas ainda tem de confirmar a Haas, eu estou confiante, mas temos de esperar…”
Quando questionado sobre Carlos Sainz vs Charles Leclerc 2021, Pietro diz que: “Eu acho que vai ser muito interessante ver o Sainz na Ferrari. O Leclerc agora é visto como o número 1 mas o Sainz está muito motivado e está a querer deixar o nome na história da F1. É um cara muito técnico e bateu sempre os companheiros de equipa que teve, na Toro Rosso, na McLaren… É um piloto muito consistente”.
Sobre Sebastian Vettel e o mercado de pilotos 2021, Fittipaldi refere: “O Vettel? Se ele parar em 2021, vai parar de vez, não acho que ele queira voltar depois. É interessante ver o que vai acontecer, porque o Bottas termina o contrato no final do ano. Para falar a verdade não tenho ideia do que vai acontecer porque tem tantas possibilidades que podem acontecer, até o Fernando Alonso pode regressar…” “Na Haas este ano queremos lutar por ser a 6ª equipa, esta é a nossa meta da equipa. Estar entre a 5ª e 6ª equipa”.
O piloto termina ao referir que “O nome Fittipaldi eu respeito muito, é uma honra ter este nome mas a minha meta é criar o meu próprio nome Pietro Fittipaldi na F1. Eu sou Português também, o meu nome é Pietro Fittipaldi da Cruz, o meu pai tem passaporte Português, então quero mandar um abraço a todos os fãs da F1 de Portugal e da Eleven Sports”.
A entrevista completa pode ser vista aqui.
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