Rony Lopes, jogador do Sevilha e internacional português, esteve à conversa, em direto no Facebook da ELEVEN SPORTS. O extremo, de 24 anos, abordou vários aspetos de uma carreira que o levou a jogar na formação do Benfica ou em clubes como o Manchester City, Lille, Mónaco e, agora, Sevilha.
Com o regresso da LaLiga marcado para 11 de Junho, o conjunto de Rony Lopes será o primeiro a entrar em campo, e com um grande dérbi: “Finalmente voltará o futebol, e logo com um Sevilha-Betis. Já tínhamos todos muitas saudades e dá imediatamente outra alegria a treinar”, salientou o português, que tentou manter a forma na cidade andaluza durante a paragem das competições com a ajuda do primo e da irmã.
Com o Sevilha no 3.ª lugar da LaLiga e ainda em prova na Liga Europa, onde defrontará a Roma de Paulo Fonseca nos oitavos-de-final, Rony não duvida sobre quais as metas da equipa de Lopetegui para o final da temporada: “O objetivo, no campeonato, é a qualificação para a Champions, e julgo que estamos bem para garantir esse lugar. Na Liga Europa, queremos chegar à final e vencer, pois, é a competição na qual o Sevilha é especialista”, assegurou o português, que se mostrou “a favor da possibilidade de realizar cinco substituições, dado que estivemos dois meses em casa e haverá a necessidade de realizar muitos jogos num curto espaço de tempo”.
Rony Lopes chegou no começo da temporada 2019-20 ao Sevilha, tendo o clube espanhol pago 25 milhões de euros ao Mónaco pelo passe do português, que se tornou no jogador mais caro da história do clube. Rony não tem sido opção regular de Lopetegui na LaLiga – só três jogos realizados -, mas o extremo não se mostra arrependido pela escolha feita: “Chegar a um clube como Sevilha e ser a contratação mais cara da história é um orgulho. Nunca senti pressão por isso, mas é verdade que, ao ser o jogador mais caro do clube, pensei que teria mais oportunidades para jogar. Mas o Sevilha é um excelente clube para mim e esta é uma grande Liga, com muita intensidade e qualidade de jogo”, salientou o português.
Com duas internacionalizações por Portugal, Rony não esconde que “jogar pela seleção é incrível, um sonho tornado realidade que premeia todo o trabalho que vinha a fazer”. Com o Euro’2020 a ter sido adiado para o verão de 2021, o extremo revela a ambição de estar na sua primeira grande fase final com a principal equipa nacional. “Acredito que, jogando, possa estar no próximo Euro, onde Portugal defenderá o título. Só espero ter continuidade e oportunidades para jogar regularmente”, assegurou, dizendo que “o meu maior sonho é ganhar um título pela seleção portuguesa e chegar ao mais alto nível no futebol. Trabalho todos os dias para isso”.
Rony, que diz ter “como ídolos atuais Messi e Ronaldo”, aponta “Dani Alves e Marquinhos” como adversários mais difíceis de defrontar e “Patrick Vieira, nos sub-21 do Manchester City, como técnico mais marcante”, falou sobre o seu período na formação do Benfica, na qual jogou até 2011: “Aprendi muito no Benfica. Joguei com grandes jogadores, como João Cancelo, Bernardo Silva ou Ivan Cavaleiro, e fui orientado por grandes treinadores”, referindo que “Bernardo Silva, por vezes, não era aposta na formação por ser franzino. Mas eu sempre acreditei nele, nos treinos via-se a qualidade que tinha, e merece todo o sucesso que está a ter”.
Ainda antes de fazer 16 anos, Rony trocou o Benfica pelo Manchester City, e contou como foi jogar num clube milionário e ser, com 17 anos e 8 dias, o jogador mais novo de sempre a marcar pelo clube inglês: “No início a adaptação não foi fácil, mas quando no segundo ano fui chamado para fazer a pré-época, com somente 16 anos, nem queria acreditar. Depois, em Janeiro, fui chamado para um jogo da Taça, no qual devo ter dado três toques na bola e ao terceiro, fiz um golo. E virem festejar comigo Tévez, Balotelli, Kompany, Yaya, Milner… Foi fantástico, são recordações de que não me esqueço até hoje”.
Finalmente, Rony, que assumiu que “dependendo do momento e das propostas, pode haver a possibilidade de voltar a jogar em Portugal”, aproveitou para deixar uma mensagem aos portugueses: “Quero agradecer o trabalho de todos os profissionais de saúde. É de louvar o que eles estão a fazer, pois colocam a sua vida em risco para salvar a dos outros. Devemos todos ser positivos e respeitar as normas”, rematou.
A entrevista completa pode ser vista aqui.
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